A greve que afeta ambos os lados
Nos
últimos dois meses, as escolas estaduais do estado de Minas Gerais, vem
sofrendo com as greves de professores, que buscam a regulamentação do piso
salarial nacional dos professores, do 13° salário e o fim do parcelamento da
remuneração.
Algumas
escolas estão completamente fechadas e outras parcialmente abertas, levando
atrasos no calendário escolar e involuntariamente prejudicando os estudos de
milhões de alunos do estado.
O
Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG),
está à frente da causa dos professores, exigindo a regulamentação dos direitos
legais dos professores.
A
categoria reivindicava o cumprimento do acordo salarial estabelecido pelo
governador Fernando Pimentel (PT), em 2015. Este acordo propõe a atualização de
três salários nos anos de 2016 a 2018. Além disso, cobrindo os abonos, que
regulamentaria os vencimentos mínimos por uma jornada de trabalho, que é
aplicada no Brasil.
Os
professores estavam se manifestando por algo que era segurado pela lei, nada a
mais do que isso, porém, sempre existem obstáculos durante a jornada, como o a
falta de dinheiro do estado e de termos burocráticos, que acabam atrasando cada
vez mais as regulamentações dos direitos de trabalhadores em geral.
As
paralisações foram poucas no começo, entretanto, a falta de empatia por parte
do governo de Minas com a causa legal dos professores. Por meio de uma nota, a
Secretária de Estado de Educação, alegou que as dificuldades financeiras que o
estado vem passando, impede a regulamentação do acordo e das restrições legais.
Porém,
a greve foi aumentando severamente no decorrer dos dias ao longo do Estado, ao
ver que as paralisações não eram mais capazes de atender as necessidades dos
professores.
Por
mais que a greve seja legal, os alunos foram lesados no início do ano letivo,
causando atraso nos estudos, e isso pode afetar o rendimento de alguns alunos
nas provas do Enem.
Em
alguns casos, existem alunos que ainda estão pagando pela greve que ocorreu no
ano de 2017. Assim, relata o aluno Arthur Henrique, de 15 anos, da Escola
Estadual Governador Milton Campos – Estadual Central – “Algumas escolas estão
na fase final do bimestre, nós estamos apenas entrando no bimestre”.
Arthur
conta que “sou a favor da causa dos professores, porém, acabamos lesados pela
mesma causa”. Relato parecido com a da Alice Oliveira, de 15 anos, aluna da
Escola Estadual Afonso Neves, “sou a favor da luta dos meus professores, mas
greve é sinônimo de atraso de conteúdo e até das férias”.
O
professor de Português da Escola Estadual Afonso Neves, Mauro Luiz, afirma que “apesar
de não ser associado ao sindicato dos professores, participou ativamente da greve
e manifestações, mesmo ela não sendo bem aceita pelos próprios alunos e a
comunidade em geral”.
Atualmente,
a greve dos professores estadual está sendo declarada como Estado de greve,
sendo assim, os professores aceitaram a situação, mas alertando o governo que a
qualquer momento eles poderão deflagrar uma greve, se a Emenda à Constituição
Estadual - PEC 49/18 do piso da Educação não seja aprovada no plenário.
Trazendo
a verdade #betrue
A
falta de aceitação por parte da comunidade e dos alunos, pode ser vista como a
ausência de entendimento ou até mesmo explicações objetivas das verdadeiras razões
das greves de professores. As pessoas fazem alegações precipitadas, sem ter o
senso crítico sobre as greves, por falta de interesse de buscarem informações
que possam ser complementares.
Na
maioria dos casos, quando um veículo de notícias publica notas sobre as greves
em geral, os comentários da publicação são tomados por alegações que essas
greves são devidas a um determinado grupo político, deixando para trás toda as
informações concretas que foram disponibilizadas pelo veículo de notícias. Não
levando em conta que eles estão se manifestando pela regularização de direitos
legais.
Na
matéria escolhida na página do Facebook do O
Tempo, podemos observar esses comentários, direcionando argumentos a grupos
políticos, uso de palavras de baixo escalão, e até mesmo informações que não
estão ligadas a reportagem. Entretanto, também vimos pessoas que estão apoiando
a causa, mas sentem que seus filhos estão sendo lesados com a falta das aulas.
Comentários da postagem.
Call to action
Foi
através das análises desses comentários, que nós alertamos para falta de
conhecimento sobre a greve de professores da rede estadual de Minas Gerais,
mesmo que seja uma breve análise, procuramos responder as perguntas e lacunas
nas informações que foram propostas.
Com
rápidas buscas ao Google, nossas dúvidas sobre as origens da greve de
professores da rede estadual foram respondidas. Mesmo que vivemos em tempos que
somos bombardeados diariamente por muitos conteúdos diferentes, precisamos
exercitar nosso senso crítico no consumo de informações e até mesmo na
reformulação de nossos pensamentos, visando sempre fazer críticas ponderadas e
que sejam diretamente ligadas ao assunto.
Portanto,
sejam mais colaborativos e verdadeiros na próxima vez que forem comentar sobre
alguma reportagem. Desta maneira, podemos construir ambientes de discussão mais
críticos e ponderados sobre os assuntos. Sabendo aceitar as opiniões diferentes da sua, conceituando as diferentes informações que estão sendo compartilhadas fora das bolhas de informações que você está inserido, sendo assim, ponderando as alegações dos outros.
Áudios de declarações feitas sobre a greve dos professores.
Arthur Henrique, de 15 anos, da Escola Estadual Governador Milton Campos, respondeu sobre a situação da sua escola com a greve de professores.
Prof. Mauro Luiz, da Escola Estadual Afonso Neves, responde sobre ser lesado dos seus direitos.
Prof. Mauro Luiz, da Escola Estadual Afonso Neves, responde sobre o piso e qualidade de ensino do Brasil.
Matéria feita por Ana Luiza A. Silva e Tássia Ingrid
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